quinta-feira, 21 de novembro de 2013
PARTICIPE DO NOSSO SORTEIO!
No dia 29/11/2013 vai rolar o sorteio de um exemplar impresso dos anais do I Congresso Direito Vivo.
Os Anais contém a produção acadêmica desenvolvida pelos participantes do I Congresso Direito Vivo, ocorrido na Universidade Estadual de Londrina, em abril de 2013, organizado pelo Lutas Londrina. Conta com artigos relacionados à teoria crítica do direito, conflitos urbanos, questões de gênero, assessoria jurídica popular universitária, direito do trabalho, e questões jurídicas e direitos rurais.
Entre no link a seguir e faça o seu cadastro :
https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/278053
Confira a versão digital dos Anais em: http://lutas-londrina.blogspot.com.br/2013/10/anais-do-i-congresso-direito-vivo.html
Saiba mais sobre o I Congresso Direito Vivo em:http://congresso-direito-vivo.webnode.com/
Para quem não conheço o projeto ainda,confira nosso bloghttp://lutas-londrina.blogspot.com.br/
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Nota do Lutas Londrina em apoio à carta aberta ao CASM referente ao “miss moedinha”
O Lutas Londrina
apoia a iniciativa das acadêmicas do curso de Direito (UEL) que, na sexta-feira
última, dia 01/10/2013, divulgaram carta aberta endereçada ao CASM (Centro
Acadêmico Sete de Março), a fim de pleitear posicionamento por parte da
instituição. A carta revelou a insatisfação de acadêmicas do curso diante da
prática do “miss moedinha” durante o trote aplicado aos calouros na
instituição, à medida que a prática representa desconforto para algumas
calouras e reflete uma estrutura opressora que se esconde nas mais singelas
manifestações.
Em
vários comentários abaixo da carta postada no facebook, foi possível
notar que o entendimento das acadêmicas autoras da carta acerca do caráter
opressor do “miss moedinha” diverge do entendimento de outros
estudantes do curso, tanto mulheres quanto homens.
Há
relatos de tratamentos considerados ofensivos sofridos por homens ao participar
do trote, declarações essas que também devem ser discutidas e levadas em conta
pelas comissões de trote e veteranos ao realizarem o evento nos anos que se
seguem. Entretanto, igualar os abusos sofridos por homens e mulheres em tópico
específico significa ignorar as conjunturas desiguais enfrentadas por cada um -
equívoco da igualdade meramente formal, como rotineiramente aprendemos em sala
de aula. A carta teve seu foco voltado à realidade feminina, visto que esta
encontra suas especificidades e história próprias. A emblemática Lei Maria da
Penha representou justamente o reconhecimento de tal desigualdade real entre os
gêneros por parte do ordenamento. Ignorá-la em qualquer debate significaria
reduzi-lo à mera retórica.
Muitas
acadêmicas do Curso de Direito da UEL revelam que discordam do posicionamento
das autoras da Carta a respeito do “miss moedinha”, por terem dado
consentimento ao participarem da prática e/ou porque apreciam a brincadeira.
Toda e qualquer acadêmica do Direito UEL tem igual legitimidade para se pronunciar
a respeito de como se sente diante das dinâmicas do curso. Dessa maneira, tanto
as acadêmicas contrárias ao conteúdo da carta quanto as minorais favoráveis
devem ser ouvidas.
Vale lembrar que todas
as conquistas das mulheres na modernidade, desde o direito de ter acesso a uma
instituição de ensino superior - como a Universidade Estadual de Londrina - até
a superação da condição de relativamente incapaz, prevista pelo revogado Código
Civil de 1916, derivaram de vozes minoritárias. Analogamente, ocorreram e
ocorrem conquistas semelhantes com as lutas negra e LGBTTI, por exemplo. As
recentes possibilidades do casamento gay e das cotas para negros nas
universidades representam historicamente o rompimento com a ideologia
hegemônica.
Expostas essas razões,
o Lutas Londrina vem por meio desta nota apoiar a iniciativa das acadêmicas em
pronunciarem seu posicionamento, acreditando que o dar voz às minorias é um
primeiro e fundamental passo para tornar o Curso de Direito da UEL mais
igualitário e menos segregador.
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