Publicamos nesta página os Anais do II Congresso Direito Vivo.
Agrademos a todos participantes do evento. Por suas reflexões acadêmicas. Por seu trabalho. Por sua luta. Agradecemos também à Universidade Estadual de Londrina, Pró-Reitoria de Extensão, Fundação Araucária, Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Governo do Estado do Paraná.
Os Anais estão disponíveis na plataforma SCRIBD, na URL
https://bit.ly/2rlSuUg
Aproveitem!
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
terça-feira, 17 de abril de 2018
ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES
A todos e todas que se interessarem, informamos que, na data de hoje, 17/04/2018, o Lutas encerra suas atividades como projeto integrado de ensino, pesquisa e extensão vinculado à Universidade Estadual de Londrina.
Agradecemos a todos e todas que nos acompanharam, confiaram no nosso trabalho e com quem tanto aprendemos. Que possamos sempre manter a capacidade de nos indignarmos e lutarmos nas trincheiras com os mais necessitados.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
VAQUINHA ENCERRADA COM SUCESSO!
O LUTAS Assessoria Jurídica Universitária Popular e o Sr. José Pereira de Brito agradecem imensamente a todos e todas que se solidarizaram e fizeram doações. O apoio de vocês foi essencial! Em momentos assim, vemos como é importante uma ação fraterna e solidária em resposta a um fato triste e violento como o da última semana. A ação vai além da mera divulgação e revolta.
Conseguimos arrecadar o total de R$ 636,68! Foram R$ 581,68 garantidos na plataforma (desconto efetuado pelo site: R$ 48,32) e R$ 55,00 recebidos em dinheiro, valor suficiente para comprar uma nova bicicleta e os instrumentos de trabalho do Sr. José, que poderá recomeçar seu trabalho de forma digna.
Lembrando que acompanharemos o Sr. José na compra dos objetos e faremos a divulgação dos recibos.
Seguimos na LUTA!
domingo, 18 de fevereiro de 2018
MORADORES SÃO ESPANCADOS E BARRACOS INCENDIADOS NA OCUPAÇÃO MORRO DOS CARRAPATOS
Homens armados
espancaram dois moradores da ocupação na madrugada de domingo, dia 18/02/2018.
O caso mais grave é do morador José Pereira de Brito que teve fraturas na
perna, costela e também afundamento de crânio.
Após as
agressões, o morador ainda foi colocado dentro de um saco de produtos
recicláveis e passou a noite amarrado até que fosse encontrado pelos vizinhos.
Além das agressões físicas, dois barracos
foram queimados e destruídos (fotos abaixo).
Segundo relato
de moradores, as agressões foram realizadas por homens armados e encapuzados.
Na última quinta-feira, os moradores da ocupação foram ameaçados de morte caso
não deixassem o terreno até sábado.
Na manhã de
sábado, 17/02/2018, o Ministério Público foi acionado para que tomasse medidas
para garantir a segurança dos moradores da Ocupação.
A promotora da
4º Promotoria de Justiça, Sandra Regina Koch, estava de plantão no sábado e
encaminhou ofício ao Comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar para que
intensificasse o patrulhamento na área onde fica a Ocupação do Morro dos
Carrapatos. Porém, o pedido de reforço no patrulhamento não foi suficiente para
inibir a ação dos agressores.
Sem contar com
um patrulhamento efetivo ou qualquer outra medida de segurança, os moradores
estão em pânico. Os agressores prometeram voltar na madrugada desta segunda-feira
para destruir outro barraco. Na Ocupação moram crianças e pessoas com
deficiência o que torna ainda mais grave a situação.
As agressões
são o que há mais vil e contrário ao Estado Democrático de Direito. A retirada
dos moradores já foi objeto de discussão judicial e só pode ocorrer com a
mediação do Poder Público que deve seguir contornos já predeterminados
judicialmente.
É inconcebível
qualquer tentativa de retirar os moradores com o uso de força física e ao
arrepio da lei. Aceitar a anacrônica ação de capangas ou de grupos
para-miliares significa a suspensão de Direitos Fundamentais como o Direito à
Vida e o Direito à Moradia, postura excêntrica ao Estado Democrático de
Direito.
Por esse
motivo o LUTAS Assessoria Jurídica
Universitária Popular - Londrina/PR denúncia tais atos de
violência e pede apoio de todas as autoridades públicas e da sociedade civil
organizada em defesa dos moradores da Ocupação Morro dos Carrapatos.
Barraco queimado na madrugada de sábado para domingo - 18/02/2018 |
Família deixa abandona pertences pessoais para fugir de agressões - 18/02/2018 |
Restos de casa queimada - 18/02/2018 |
Barraco queimado na Ocupação Morro dos Carrapatos, região leste de Londrina - 18/02/2018 |
sábado, 17 de fevereiro de 2018
VIOLÊNCIA NO MORRO DOS CARRAPATOS
Na noite do
dia 15/02/2018, quinta-feira, moradores da ocupação foram acuados por seis
homens armados que invadiram e destruíram uma das casas da ocupação.
Um morador foi
retirado de casa e jogado no chão. Sob a mira de uma arma e na frente da
própria filha, ele foi ameaçado de morte caso não deixasse o local até hoje,
dia 17/02/2018, sábado. Segundo moradores da ocupação, os homens armados
ameaçaram voltar durante a noite para queimar barracos e retirar os demais
moradores.
A ocupação é
formada por famílias que estão na fila de espera da COHAB para entrega de um imóvel há quase
2 anos. O Ministério Público Estadual foi acionado na manhã deste sábado para
que o órgão tome providências para garantir a segurança dos moradores,
principalmente durante o período noturno.
A ocupação
Morro dos Carrapatos fica em um terreno de propriedade da Sena Construçoes. A
empresa tenta judicialmente retirar os moradores do local desde 2015. Em
contato por telefone, a advogada da construtora disse que as ameaças não foram
realizadas pela empresa. Ela ainda afirmou que todas as medidas tomadas pela
construtora estão sendo feitas apenas por via judicial.
Membros do LUTAS Assessoria Jurídica
Universitária Popular - Londrina/PR estiveram na ocupação hoje pela
manhã. Uma das famílias da ocupação já deixou o local. Sem recursos financeiros
e sem outra opção de moradia, os demais moradores temem pelo pior diante das
ameaças feitas e da falta de medidas por parte das autoridades públicas.
O LUTAS atua
na defesa dos moradores do Morro dos Carrapatos e por esse motivo acionou os
órgãos competentes para que realizem medidas concretas para garantir a
integridade física dos moradores e para que seja averiguada a responsabilidade
das ameaças feitas.
quinta-feira, 6 de abril de 2017
MORADORES INICIAM A REGULARIZAÇÃO DA OCUPAÇÃO BELA VISTA EM JATAIZINHO - PR
Assembleia realizada em 2016 que autorizou a compra do terreno. |
Os
moradores da ocupação Jardim Bela Vista em Jataizinho dão exemplo de
organização popular. No próximo domingo será realizada cerimônia que dará
início ao processo de regularização de mais de 150 imóveis.
A
ocupação fica há cerca de 40 km de Londrina/PR e existe há mais de 10 anos. Com a articulação e cooperação dos
ocupantes, os moradores conseguiram se organizar para efetuar a compra do terreno onde moram. os esforços da Associação de Moradores também contaram com o apoio do projeto de extensão
universitária “Lutas: Assessoria Jurídica Universitária Popular” da UEL – Universidade Estadual de Londrina. Os primeiros três boletos para compra do terreno serão entregues no próximo domingo, dia 09/04/2017,
às 9h00.
A ocupação
teve início nos anos 2000 após o processo de falência de uma antiga Cerâmica. Alguns
dos ex-empregados desta, sem receber as indenizações trabalhistas devidas, decidiram
ocupar o terreno da antiga fábrica. Com o tempo, a ocupação foi crescendo e
hoje o espaço abriga mais de 150 famílias.
Entretanto,
antes da festa foi necessário muito trabalho. A Associação de Moradores foi
fundada em 2008. Porém, apenas em 2014, quando foi pleiteada a penhora do
terreno no juízo trabalhista, que a ocupação melhor se articulou para buscar a
regularização fundiária. O primeiro passo foi, por meio de Assembleia Geral,
aprovar a compra do terreno, com posterior modificações no estatuto da Associação.
Em
seguida, foi realizado o cadastro de cada uma das famílias e um levantamento
topográfico que permitiu identificar o tamanho de cada lote e os proprietários
de cada terreno. Além
disso, foram desenvolvidos inúmeros trabalhos de educação popular para impedir
a especulação imobiliária na ocupação e para que os moradores conseguissem
visualizar a importância do trabalho coletivo para o processo de regularização.
Como se
trata de um terreno que não cumpria sua função social há anos (art. 5º, XXIII, CF), a área acabou sendo ocupada por famílias em condição de vulnerabilidade social e que, portanto, são aquelas que mais necessitam do direito à moradia (art. 6º,
CF). A consciência dos moradores foi essencial no combate à especulação imobiliária e ainda para que o espaço ganhasse uma função social efetiva.
O
terreno que será comprado pelos moradores tem aproximadamente 72.600 m2. A
compra será feita após um acordo feito entre o sindicato dos ex-trabalhadores
da cerâmica e a associação de moradores do bairro. O terreno será comprado pelo
valor de R$ 800.000,00 e parcelado em três anos.
As
cifras altas não assustam os moradores acostumados a viver com o medo da
reintegração de posse. Todo o valor será dividido entre os membros da
associação e, com isso, os terrenos irão custar em média de R$ 3.500,00 a R$
5.000,00. Os valores são muito abaixo dos praticados no mercado e o principal
motivo é exatamente ausência da especulação imobiliária.
A luta
dos ocupantes do terreno já dura quatro anos e, com isso, a ocupação Bela Vista
agora é um exemplo prático de que é possível vencer a burocracia jurídica e
impor limites à especulação imobiliária.
Mesmo
com a entrega dos primeiros boletos para compra do terreno, ainda há muito para
ser melhorado no bairro. Sem asfalto, iluminação pública e esgoto, os moradores
agora partem em busca de uma melhor infraestrutura. O próximo passo será o
diálogo com os vereadores para alterar o plano diretor do município para que
seja possível transformar o que é hoje uma ocupação urbana em verdadeiro
bairro.
Para a cerimônia que será realizada no domingo foram convidadas diversas autoridades
como o prefeito municipal, vereadores, representantes do sindicato dos
ex-trabalhadores da antiga cerâmica e também do Ministério Público Estadual.
A
expectativa é que mais de 300 pessoas participem da cerimônia que terá
apresentações de teatro, roda de capoeira e muita integração social.
PROBLEMA SOCIAL
O
início da regularização do Jardim Bela Vista coloca em discussão um grave
problema social, a falta de moradias populares. Segundo o plano de interesse
social da COHAPAR – Companhia de Habitação do Estado do Paraná – na cidade de
Jataizinho mais de 10% da população vive em moradias precárias ou em imóveis
não regularizados.
Entre
os municípios da região metropolitana de Londrina o caso mais grave é o do
município e Tamarana, onde mais de 30% da população vive em moradias precárias
ou em imóveis irregulares.
Em
Londrina os números são menos expressivos porém não deixam de ser alarmantes. O
levantamento feito pela Companhia de Habitação do Estado indica que apenas 2,8%
da população vive em moradias precárias, porém esse número representa mais de
10 mil pessoas sem moradia digna na cidade.
Além disso, segundo o mesmo levantamento, a cidade e Londrina conta com 40 favelas espalhadas em áreas periféricas da cidade e fundos vale. Ao mesmo tempo, a espera por uma moradia popular no município é longa, apenas na CDHU de Londrina são mais de 55.600 famílias cadastradas aguardando a entrega de um imóvel.
Além disso, segundo o mesmo levantamento, a cidade e Londrina conta com 40 favelas espalhadas em áreas periféricas da cidade e fundos vale. Ao mesmo tempo, a espera por uma moradia popular no município é longa, apenas na CDHU de Londrina são mais de 55.600 famílias cadastradas aguardando a entrega de um imóvel.
terça-feira, 4 de abril de 2017
Foto: RONCOLATO, M. Como fazer sua própria transmissão ao vivo de protesto. Revista Galileu. |
No II
Congresso Direito Vivo também haverá espaço para Comunicação e Luta. A oficina
"Memória, Comunicação e Expressão" irá apresentar técnicas para
captação de imagens, som e edição de vídeo.
O objetivo é
apresentar habilidades auxiliares para o trabalho da advocacia popular. Segundo
Renato Rack, responsável pela oficina, "a intenção é mostrar ferramentas
simples e eficazes de comunicação que podem ser colocadas em prática por
qualquer pessoa, principalmente na produção de conteúdos
para movimentos sociais."
Renato Rack é
formado em jornalismo e trabalhou em emissoras de rádio e produtoras de vídeo.
Atualmente é estudante do curso de direito UEL, e membro do LUTAS.
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